sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mercado imobiliário em Lauro de Freitas afeta meio ambiente

O grande avanço do mercado imobiliário na cidade de Lauro de Freitas tem preocupado muitos cidadãos deste município com a destruição do verde que ainda resta na Estrada do Coco. A Secretaria do Meio Ambiente do Município, através do secretário Vidigal Paranhos e do gestor ambiental Eugênio Badaró, explica o fenômeno do efeito estufa e o grau do atingimento do desmatamento no aquecimento global e esclarece também a representação das empresas imobiliárias no meio ambiente da região.

A professora de antropologia Joanita Menezes afirma que o crescimento do mercado imobiliário no município se dá por interesses econômicos e o que mais preocupa é o grande desmatamento, destruição de mananciais de áreas verdes, implicando assim na quebra da sustentabilidade do planeta, favorecendo o aquecimento global. Sabe-se que quanto mais se mexe na estrutura florestal, provoca-se um desequilíbrio na cadeia atmosférica e permite a concentração de gases como o dióxido de carbono, metano, óxidos de azoto e ozônio, acrescenta.

O Dr. Vidigal Paranhos esclarece que todo investimento das corporações imobiliárias no municipio é obrigado a fornecer um projeto sustentável à Secretaria do Meio Ambiente. Sendo aprovado, a Secretaria de Obras e Urbanização ratifica o projeto. Vale salientar que esta secretaria desenvolve seu trabalho junto com Centro de Recursos Ambientais da Bahia – CRA.

O gestor ambiental Eugênio Badaró afirma que o efeito estufa é uma característica normal da terra em manter sua temperatura constante. Pelo menos 35% das radiações dos raios infravermelhos de gases como dióxido de carbono e metano, presentes na atmosfera, são refletidas para o espaço e os outros 65% retidas na terra. Badaró enfatiza que não só a destruição das florestas tropicais como a exploração do petróleo contribuem para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Esta concentração tem aumentado cerca de 0,4% anualmente.

Desde a Revolução Iindustrial, no século 18, a emissão de dióxido de carbono de origem antropogênica (resultante das atividades humanas) tem crescido bastante em sua escala. Lógico que a representação deste desmatamento em áreas verdes do município não deixa de contabilizar nesta escala, porém, 1% da área construída deve ser preservada para o plantio.

De acordo vários especialistas como o engenheiro e inventor inglés Guy Stewart Callendar, o fato do vapor d’agua ser um componente da atmosfera muito mais abundante que o dióxido de carbono, este último serve apenas como secundário ao efeito estufa. Para vários especialistas, as florestas tropicais têm um papel primordial na estrutura atmosférica do planeta. É nas plantas que o dióxido de carbono, através da fotossíntese, forma oxigênio e carbono, que é utilizado pela própria planta, daí seguem a inteira preocupação em evitar o desmatamento, desperdício de água, acúmulo de lixo, principalmente, tóxicos nas áreas florestais, emissão de gases poluentes e geração de energia desnecessária.

Segundo Érica Bortholin e Barbara Daniela Guedes, do Curso de Ciências Exatas da Universidade de São Paulo – USP, o efeito estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem na Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra em conseqüência da ação refletora dos chamados "gases de efeito estufa". Veja abaixo o vídeo sobre o efeito estufa:



Ainda baseado em argumentos de diversos especialistas, com o abatimento massivo das florestas tropicais pelo homem, o dióxido de carbono começará a proliferar levando, muito certamente, a um aumento da temperatura global. Todo e qualquer indivíduo que se preocupa com as correntes de preservação do nosso planeta deverá ministrar iniciativas construtivas e sustentáveis, desde o plantio de uma árvore como também a realização de lixo seletivo, acreditando verdadeiramente assim que o seu papel ainda é mediano, pois o homem tem muito a realizar para minimizar o aquecimento global.

O Dr. Vidigal aproveita a oportunidade e abre convite para várias iniciativas de ONGS, empresas e instituições diversas que queiram desenvolver um projeto em parceria junto à Secretaria do Meio Ambiente de Lauro de Freitas, caracterizando assim a política sustentável.


Edilson Santos

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